“O reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele” (Mt 11.12). De que esforço Jesus está falando? Hebreus nos ajuda a entender isso: “Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé... Ora, na vossa luta contra o pecado, ainda não tendes resistido até ao sangue” (Hb 12.1,2,4). O principal esforço é procurar os pecados habituais, a ponto de, se preciso for, resistirmos até ao sangue por obediência a Deus. Vitória após vitória sobre cada pecado. E, na condição de libertos, vivos e regenerados, não sermos mais escravos do pecado (Rm 6; Tg 4.7). É essa luta terrível que o Senhor deseja que travemos. O objetivo? O reino dos céus, o próprio Cristo. Se lutarmos por nós mesmos, tendo nosso próprio bem-estar como alvo, seremos derrotados. Nosso objetivo é Cristo. Ele vale a pena: “Para mim, o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Fp 1.21). Por quê? “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas” (Rm 11.36). Cristo nos desafia ao esforço máximo porque deseja que sejamos um com ele (Jo 17.24). Por isso, nos impulsiona, incita, disciplina, priva de bens e adverte para a santidade (Hb 12.11-13). O objetivo do Senhor é nos treinar para a guerra contra o pecado. Isso é muito doloroso, às vezes; mas, necessário sempre. Tornamo-nos fortes em Deus porque ele deseja nos preservar do mal. Esse desejo de Deus gera em nós a perseverança. Ela é tanto nossa como de Deus, que é o nosso impulsionador.
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