Cosmovisão Cristã e Realidade – Desafios do Mundo Pós-Moderno


Sincretismo
O sincretismo apareceu, inicialmente, como um termo político. Representava a união de povos contra inimigos comuns. Posteriormente, o termo passou a designar combinações de doutrinas e práticas religiosas e filosóficas. No meio teológico, Rudolf Bultmann é o teólogo contemporâneo de maior expressão sincrética. Para Bultmann, o Cristianismo combinou conceitos assimilados do judaísmo, do helenismo e do gnosticismo. Ele propôs uma leitura da Bíblia que levava em conta outras fontes de conhecimento, como a ciência, por exemplo. Bultmann afirmou que “é impossível usar a luz elétrica e a telegrafia sem fios, e lançar mão das descobertas médicas e cirúrgicas modernas, e ao mesmo tempo acreditar no mundo de espíritos e milagres do Novo Testamento”. O sincretismo tende a ser panteísta, porque defende que todas as religiões têm sempre princípios básicos comuns, como a fraternidade, a paz, o amor, dentre outras virtudes. A religião é ética e independe de credos e confissões específicas. Há sempre um ecumenismo nas propostas religiosas. Assim, há que cante louvores a Deus no domingo e adore a Mamon (dinheiro por ganância ou cobiça) ao longo da semana. Como afirmou Bruce J. Nicholls (2007), “a igreja cristã tem falhado em levar suficientemente a sério o desafio do sincretismo mundial. Somente uma fé reformadora que proclame uma teologia bíblica poderá oferecer uma apologética que satisfaz”. De fato, para vencermos o sincretismo religioso é preciso termos a clara convicção de que o Cristianismo é a única religião verdadeira. Não podemos admitir que qualquer religião é boa e válida e que nos levará a Deus. As Escrituras dizem que só Cristo é o caminho, a verdade e a vida (Jo 14.6), portanto não é verdadeira a afirmação de que qualquer religião é boa e que “todos os caminhos levam a Deus”. O cristão deve estar preparado para defender a visão cristã de mundo.

Comentários

folton disse…
Belo texto Wendell. Parabéns!

Uma pequena observação, que nada significa: "Assim, há que cante louvores" ... "quem cante...".

Abraços,
Fôlton