Lendo essa semana alguns trechos do livro “Apologética Pura e Simples: como levar os que buscam e os que duvidam a encontrar a fé”, do ex-ateu e hoje professor de Teologia, Ministério e Educação do King’s College, em Londres, Alister McGrath, deparei-me com uma afirmação reflexiva: “A apologética tem por objetivo converter crentes em pensadores e pensadores em crentes” (p.9). Imediatamente pensei em Hebreus 5.12, no qual o escritor critica e exorta aqueles crentes para o fato de que eles já deveriam ser mestres, àquela altura de sua confissão. Mas eles ainda não eram e, por isso, não podiam discutir questões profundas e mais complexas de seu tempo. Hoje não é diferente. Há um mar de pessoas que invadem as igrejas e professam a fé em Jesus Cristo, mas não são capazes de discutir nenhum ponto fundamental da teologia cristã e caem no primeiro esbarrão que recebem de um opositor ao evangelho. Jesus disse que nós deveríamos fazer discípulos (Mt 28.18-20), o que significa que a profissão de fé não esgota o processo de evolução do conhecimento de Deus e de sua Palavra. Pelo contrário, quanto mais conhecemos Deus mais desejaremos conhecê-lo. Precisamos mostrar as pessoas que o evangelho é convincente, que ele é racional e razoável. Não é apenas uma crença subjetiva, mas há razões para crer. “Ser cristão é refletir sobre a fé; é elaborar respostas para os questionamentos” (p.16). Todos os questionamentos. Não podemos ser genéricos. Devemos responder a detalhes por meio da verdade do evangelho. O brilho do evangelho em nós deve ser apreciado pelas pessoas. Elas devem entender o que cremos e buscar suas próprias respostas. Devemos querer saber a razão de o evangelho ser a melhor compreensão da realidade e o porquê devemos desprezar todas as outras formas de ver o mundo que não são cristãs. Só seremos capazes de sustentar isso se de fato nos prostrarmos no estudo sério e profundo da Teologia Bíblica. Com toda humildade, solidariedade e afeto para com aqueles que pensam diferente de nós.
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